sábado, 23 de julho de 2011

Orgulho, um abismo entre nós


               Em quase todos os meus textos, o tema amor se faz presente e por mais que eu escreva sobre referido tema, ainda há muita coisa para se dizer. Ontem, 22 de julho de 2011, não pude postar nada no meu blog, pois por razões profissionais precisei alongar minha jornada lá na empresa. Mas acho que foi mais uma daquelas armadilhas do destino, ou do meu velho baú de minhas inquietações. O fato é que trabalhando também no período matutino, eu tive a prazerosa oportunidade de rever pessoas que há muito tempo o corre corre do cotidiano, não me dava a oportunidade de reencontrar.   
                E dentre tantos reencontros e conversas agradáveis, algo como sempre, me chamou a atenção. Uma amiga que estava muito triste, disse a seguinte frase: “Eu acho que estou solteira de vez, estou morrendo de vontade de ligar para ele, mas não vou ligar, tenho o meu orgulho” Parei, olhei para a emissora de tão forte frase e apenas a fitei por alguns segundos, não entendendo a razão de tamanha, amargura e indecisão.
               Voltei para minha mesa e de lá, com um olhar perdido no meu baú de inquietações, ouvi a seguinte pergunta: “O orgulho é mais forte que o amor?” Pessoal essa questão ficou no meu inconsciente a tarde toda. Martelou tanto, que resolvi, hoje, sábado, 23 de julho de 2011, conversar com vocês. Eu como vocês sabem, sou um eterno romântico, não consigo me imaginar fazendo o estilo “Tô nem ai” talvez por essa razão, a frase da minha amiga me chamou tanto a atenção. Pensei bastante nas razões que possivelmente uma pessoal teria para agir daquela forma.
             Por que deixar o orgulho falar mais alto que o amor? Por que anular a vontade de se dar? De fazer aquilo que lá no fundo temos vontade? Apenas pelo simples fato de não dar o braço a torcer? Como sempre, muitas histórias eu vi e ouvi sobre relacionamentos que foram aniquilados pelo orgulho. Sobre esse mesmo assunto, eu cheguei a conversar com essa minha amiga, que, diga-se de passagem, é uma linda menina mulher de 20 anos.
             Na breve conversa que tivemos, falei que cada um de nós deveria ouvir o nosso coração, respeitar nossos sentimentos e nossas vontades. Para ela não adiantaria aquele discurso cheio de força, se por dentro, ela era totalmente contraditória as suas palavras. Ela me olhou com um olhar meio do tipo “Gato de botas do desenho Shurek”, ali sentir que a minha amiga iria ter uma sexta-feira daquelas.
             Eu sempre acreditei que a dor é para doer mesmo. Precisamos senti-la, entende-la, compreende-la! A dor de amor é necessária, faz parte do amor, é uma fase do amor, quando passamos por ela e sabemos por que estamos passando, nos tornamos uma pessoa melhor, pronta para um novo relacionamento, ou para uma reconciliação. Tentar fugir da dor é quebra uma das fases mais importante de tão nobre sentimento. Normalmente nós fugimos da dor, quando, evitamos tudo que nos faça lembrar nossa situação.
             A fuga recebe combustível do orgulho. O orgulho ao contrário do que muitos pensam, é um sentimento covarde, medroso e nos dá a enganosa sensação de fortaleza. Tola ilusão! Passamos horas nos remoendo em frente ao telefone, jurando para nós mesmo que não vamos ligar para a pessoa amada, e que ela irá sentir na pele o nosso desprezo, quando na verdade, quem está à espera de um telefonema, somos nós. A questão não é a falta que a pessoa sentirá, mas sim, se nós devemos ligar ou não?
            Minha amiga sofre por que não querer escutar os seus sentimentos, uma briga tola, um sentimento tolo. E um abismo formou-se entre duas pessoas que se amam.  Ser forte, é ser infeliz, o orgulho nos dá essa sensação, mas no final das contas acabamos com um saldo devedor de solidão. O amor é mais do que isso, sou adepto a valorização dos meus sentimentos. Existe dor? Deixa doer! Existe choro?  Vamos chorar! Existe desejo? Vamos extrapolar! Existe amor? Vamos amar! Possui créditos para móvel ou fixo? Vamos ligar! (riso)
            O orgulho destrói amores, paixões e amizades verdadeiras. O nobre gesto de desculpas foi totalmente banido do nosso coração e passamos a cultivar a indiferença e amargura. Atualmente, no meu ciclo de amigos, ocorre uma situação complicada de se entender, mas fácil de perceber. Possuo dois amigos que antes formavam um balo casal, e hoje estão separados, mas por força de amigos em comum, sempre estão conosco todos os finais de semanas para jogarmos conversa fora, seja na minha casa ou na casa de alguém do nosso grupo, encontros regrados a musica e conversa fiada.
           O lance desse casal, nada mais é que, um está sempre onde o outro está. Não se falam direito, ele, sempre a leva em casa após as festas, não namoram ninguém, mas o orgulho criou um abismo entre ambos. A nossa torcida é que um dia esse abismo desapareça e que eles entendam que se amam muito e estão loucos para viver um para o outro. Fico me perguntando se essa também não é uma maneira de amar? Se sentir distante mesmo estando perto!
          Não tenho as respostas para tantos questionamentos, mas acredito que ouvindo o nosso coração agente será mais feliz, não adianta fugir do problema, nós somos o problemas! abrigamos o problemas dentro de nós! precisamos viver as muitas faces do amor. Quer ligar?  Ligue! O que importa o que vão pensar de você? A sua dor é sua, quem senti e chora é você. Agora, se após você ter escutado o seu coração e mesmo assim, a coisa não andou? Você fez a sua parte, você escutou seu coração.
        Você não terá mais nada apertando seu peito, não haverá mais um mar de dúvidas, o orgulho, não criou nada e você certamente encontrará outro capitulo para sua história sentimental. Eu vou até o fim do poço, faço a minha parte, se não for para ser, a vida dirá, só não quero pagar de fantoche para orgulho bobo. Ouça o seu coração, ele lhe dará todas as respostas para você ser feliz.


Um comentário:

Anônimo disse...

Não sou orgulhosa..luto pelo meu desejo com coragem,corro atrás do que quero, sei pedir desculpas..As vezes, ate me humilho um pouco(rs). Nunca desisto das minhas vontades, mas sei parar quando a outra pessoa "desiste".
Seguidores(a)do blog, cuidado com o orgulho, com as resistência..ele pode gerar angústia, dor e produzir uma desagradável sensação de vazio. Àqueles(a) que ainda podem..corram atrás dos seus amores, liguem...peçam desculpas! A renúncia é uma espécie de via crucis, caminho doloroso, ruptura que causa dor estridente e enlouquecedora. Para quem perdeu(como eu)é aguardar essa horrível experiência se atenuar com o tempo.
Beijo, André

P.S.: Lamentável a perda da Amy Winehouse..Q. triste! Muito talentosa, voz fabulosa, cantora à altura da diva Janis Joplin. Descanse em Paz!!!
Sua fã e admiradora,
Rita de Cássia