quinta-feira, 21 de julho de 2011

Somos Filhos dos nossos filhos

            
              Há algum tempo venho matutando cá com meus botões, sobre um assunto que volta e meia me faz uma visita, como se quisesse dizer: “Estou aqui, aparecerei no seu blog quando, conversaremos um pouco quando?” relutei por alguns textos, tentei não perceber sua presença, mas hoje, quinta-feira, 21 de julho de 2011, eu decidi convidá-lo para um bate papo. E me deixando levar pela emoção, começo uma gostosa conversa com o amor materno.
                Como é de conhecimento de muitos que freqüentam esse blog, a nossa amiga de trabalho, Renata Bernardes está grávida, ela espera ansiosamente a pequena Eduarda. E justamente por causa da Renata que essa conversa começou. Dias desses, não faz muito tempo, presenciei uma cena muito bonita e pouco comum, Renata estava sentada, pensamento longe, acariciava sua barriga como se estivesse tendo uma materna conversa com aquele ser que ainda nem havia nascido, mas já era muito amado, a sensação era como se o mundo naquele momento estivesse parado.
               Fiquei ali também, parado, anestesiado, admirando o lindo quadro que a ansiedade de uma futura mamãe pintava. Através do olhar perdido da nossa amiga, eu pude perceber a graciosa transformação que a maternidade faz com as mulheres. Acredito ser esta, a época mais doce da nossa amiga, sua bebê Eduarda, ainda nem nasceu, mas já começou a motivar mudanças na vida de muita gente. Renata por vezes dá sinais claros de ansiedade, espero que Deus acalme seu bom coração e que ela tenha um bom parto.
               Mas esse amor materno que foi citado é o primeiro estágio da doce difícil tarefa de ser mãe. Só nos últimos quatro meses, eu tenho acompanhado algumas histórias envolvendo referido sentimento que particularmente, chorei muito com algumas delas. Dias desses, nossa amiga Elizangela de Jesus, funcionaria lá da empresa passou por um bom bocado com sua pequena Isabelle, a pequena Isabelle pegou uma conjuntivite viral que por pouco não a deixou sem a visão.
               Mesmo se eu quisesse, não conseguiria descrever o sofrimento da nossa amiga Elizangela, em uma oportunidade, ela chegou a me confidenciar e a esbravejar que daria a própria visão para ter a filha dela fora daquele sofrimento, elizangela que é uma figura alto astral, como ela mesmo diz “mau caráter do bem”, estava um verdadeiro fantasma humano, noites sem dormir, horas sem comer, como se instintivamente, ela estivesse antecipando o pagamento de uma graça alcançada, e alcançou, sua pequena ficou curada.
                Preciso registrar que houve um momento em que elizangela estava no hospital com sua filha e nós estávamos falando ao telefone quando a pequena Isabelle tomou o telefone da mão da mãe e falou comigo. Naquele momento faltaram-me as palavras, conseguir perguntar se ela estava bem? A resposta foi algo de Deus: “Oi tio, não vai piorar mai do que isso não tio, vou ficar boa pra gente brincar, tá?” foi só largar o telefone que eu corri para o banheiro e danei a chorar!  
                Esse fato envolvendo a pequena Isabelle, particularmente comoveu-me de forma inquietante, justamente por que envolve a visão, como todos sabem, eu tenho Glaucoma e qualquer coisa que se refira à perda de visão, sem duvidas alguma me assusta. Não faria muito sentido, falar de amor de mãe, sem falar da peleja vivida pela explosiva Janaina Carvalho, uma onça quando se trata de defender as filhas.
                Janaina foi posta à prova, através da sua caçula Ingrid, a caçula de Janaina, começou com uma gripe insignificante, que se transformou num princípio de pneumonia e que se transformou em uma Pneumonia com derrame pulmonar. Um mês, um mês foi a peleja da nossa miga, ela que normalmente é muito forte e decidida, parecia mais frágil e indecisa que a própria Ingrid. A pequena passou por cirurgia e outros tratamentos que judiaram muito dela.
                Janaina mesmo sem forças, não perdeu a esperança e ficou dia e noite ao lado de sua caçula, orando e desejando trocar de lugar só para que Deus acabasse logo com o sofrimento de sua filha. O fato comoveu a todos, mas graças a Deus e ao amor materno, Ingrid superou tudo e hoje está mais falante do que nunca.
               Eu poderia citar muitos outros acontecimentos, envolvendo mãe e filho, mas para ilustrar o que esse ser chamado mãe passa, essas histórias acima citadas, já nos servem como parâmetro. E pensando nessa interdependência, mãe e filho, eu me pergunto: “Quem é filho de quem?” hoje, não podemos tomar nenhuma decisão sem que não pensemos antes nos nossos filhos.
              Nós cuidamos deles ou eles cuidam de nós? Conheço mães que não aceitaram determinados empregos porque não conciliavam com a rotina dos filhos, acabaram casamentos porque não queriam ver os filhos sofrerem. Deram a vida para que os filhos pudessem viver. Uma constante anulação para o surgimento de uma nova história. Eu vejo todos os dias minha esposa acerta a rotina dela, pela rotina das nossas filhas, Naftáli e Mel.
             Eu mesmo, que me sinto “Pãe”, pai e mãe. Desde o nascimento da minha princesa Naná, nunca mais soube o que é ter uma noite de sono, sem que eu acorde para ir até o quarto delas verificar se elas não estão descobertas! E mesmo com toda minha preocupação de “Pãe” nunca poderei ter a exata dimensão do amor de minha mulher por minhas filhas.
             Conheço muitas mães que se desdobram para cuidar da própria vida e ainda tem que conduzir a vida de suas crias, registro aqui, minha velha amiga Alessandra, trabalhou como supervisora na Tellus, Lilia Amorim, recentemente teve a segunda filha, Cristiane Araujo, mãe da Maria Luiza, Rita de Cássia, mãe da Luiza, Luiza que por sinal, acabou de sair de uma cirurgia de hérnia e graças a Deus passa bem. E a Ruth, mãe do pequeno Samuel.
            Deixo registrado também o nome de duas mães que também enfrentam suas pelejas, conforme a vontade do nosso pai maior. Uma é a minha irmã Andréia, mãe da pequena Scheila de seis anos, portadora de diabetes. Scheila conhece mais a doença que minha irmã, que por sinal, vive jurando que é ela quem cuida da filha, tolinha, só minha irmã ainda não percebeu que a é a pequena Scheila que cuida delas duas.
            Outra mãe guerreira é minha cunhada Kellyanny, a mais ou menos quatro meses deu à luz a sua filha caçula Bárbara e desde o nascimento da pequena, trava uma batalha para aumentar a imunidade da criança e assim poder apresentá-la para o mundo, Bárbara nasceu com um número muito reduzido de plaquetas e através do amor e das orações de sua mãe Kelly, está conseguindo vencer essa guerra.
            Kellyanny já era filha de sua filha Maria Fernanda, agora também virou filha de sua filha caçula. Sendo assim, eu me pergunto de onde vem tanta força para enfrentar essa doce e árdua tarefa de ser mãe? Realmente é coisa de Deus, pois não conheço força maior no universo que a força do amor materno, grandioso amor que nos transforma em “Filhos dos nossos filhos.”

4 comentários:

Anônimo disse...

André,
O amor de mãe é puro, divino e verdadeiro. Descobri a felicidade, o amor depois da maternidade. A Luiza me deu outro sentido à vida. Ontem ao vê-la naquela sala de cirurgia, sob efeito da anestesia..me deu um medo, nunca sentido antes. Sabia que ela estava sendo bem cuidada pelo dr César(bstante atencioso) e por Deus que também estava ali presente...mas foi o dia mais tenso da minha vida! Graças a Deus a cirurgia foi um sucesso, pude pegar ela nos braços e agora está sob meus cuidados...o cuidado, o carinho, o amor de mãe!!!
Beijo querido,
Rita de Cássia

moreninha disse...

'André, realmente a maternidade meche com todos nos,quando me tornei mae aprendi a destinguir o verdadeiro amor... meu filho(Samuel) tem apenas 2 anos e 7 meses mas a cada dia que passa ele tem me ensinado muito coisa... com ele eu vejo a importanci do perdão, pq como todos sabem nao tem ninguem no mundo com uma igual a de uma criança... que por tao pequenas dao uma aula a cada um de nos! como vc citou no seu texto... acredito que todas nos mães temos esse instinto de onças... quando se trta de nossos filhos.. eu particularmente faço tudo por ele,pq sei que Deus colocou ele na minha vida pra que eu cuida-se dele e sei que isso vai ser cobrado de mim, sei que o futuro dele depende da base que eu estou dando a ele hoje!!Rita que sua filha se recupere logo dessa cirurgia... por mais calma que tenha sido a cirurgia nos como mães nos sentimos sem chão, mas e Deus quem nos dar força e sabedoria para criarmos nossos pequenos!!! abraços
Ruth Alves

Anônimo disse...

Ruth..obrigada pelo carinho!!!
Beijoo grande,
Rita de Cássia

Jana disse...

André, muito obrigada pelo carinho, você escreveu tudo direitinho e eu chorei muito ao ler. Esta onça sou eu mais quando minha fihota ficou doente não sei para onde ela foi eu só chorava e orava pedindo a Deus pela saúde de minha filha. Agora eu só agradeço a Deus por tudo e todos os meus amigos que me deram a maior força.