terça-feira, 26 de julho de 2011

Você é feliz?

          
               O texto de hoje, terça-feira, 26 de julho de 2011, foi proposto em meio a uma conversa informal, envolvendo: eu, Gilson, Andressa e a louca da Thaisa. Todos nós estávamos conversando descontraidamente sobre vários assuntos, muita cultura inútil, afinal de contas, onde Thaisa está, com certeza, tem besteira! E se o Gilson estiver perto dela, salvem-se quem puder! Mas mesmo assim, foi um bate papo muito prazeroso: Gilson com suas teorias nascidas à frente do espelho, Thaisa deixando todo mundo boquiaberto com suas histórias nascidas no recanto imaginário de sua mente frenética,  Andressa interpretava frases colhidas em pára-choques de caminhão e se sentia a verdadeira Clarice Lispector.
               Eu, nobre observador, admirava aquela salada de coisas que não serviam para nada, mas que tornavam nossas horas mais agradáveis. Andressa saindo um pouco das frases de pára-choques de caminhão levantou um assunto interessante, sobre a pessoa fazer o que gosta e já me questionou: “por que você não escreve sobre a felicidade?” fitei Andressa por alguns segundos e logo lancei outra pergunta: “Você é feliz?” Andressa perdeu um pouco o rebolado e ficou pensando na questão. Saquei que a pergunta feria feito navalha, o clima ficou muito tenso. Percebi que naquela feira livre de sorrisos, muitas coisas ficavam guardadas a sete chaves, mas todos resolveram entrar na dança e mergulhar de cabeça no assunto.
              Comecei a conduzir a conversa e realizava questionamentos a torto e a direito, resposta interessantes e enigmáticas sobre ser feliz. Outra amiga nossa que não participava da conversa, chegou perto de nós e eu não perdi tempo, já lancei a pergunta:- “Elaine você é feliz?” A resposta dela causou-me estranheza, pois ela disse-me apenas: “Tô pretendendo ser” será que felicidade é pretensão? Nós nos planejamos para ser feliz? Felicidade é algo calculado?  Anotei essa resposta e permaneci pensativo, mas conduzindo o zum, zum, zum disfarçado de bate papo.
               Dessa vez chegou para cumprimentar o nosso grupo a querida Rosangela, figura agitada, muito inteligente e bom papo, mas como eu não podia perder tempo, não dei nem chance para um abraço: “Rosangela você é feliz?” Rosangela não pensou duas vezes e disse:” Sou e agradeço pelo céu azul, pelas noites bem dormidas, noites sozinhas, mas bem dormidas” essa resposta chamou-me a atenção pelo agradecimento por poder contemplar o céu azul, que nos é dado de graça e não nos damos conta, o agradecimento pelas noites bem dormidas, porque se faz necessário dormir bem, mas havia nas entrelinhas da frase, uma gota de tristeza por ela estar sozinha. Será que precisamos de alguém para ser feliz verdadeiramente?
              Fiquei a me perguntar se somos metade sem sermos amados, ou sem amar alguém? A conversa pegou fogo e Gilson começou a explanar sobre o seu ponto de vista com relação à felicidade, como eu não queria respostas prontas, cutuquei com tanta força que ele abriu a guarda e falou-me algo muito bonito e interessante: “Está vivo é motivo de felicidade, como nós não sabemos o que tem do outro lado, vamos aproveitar o trajeto” todos ficaram tocados profundamente com a citação do nosso amigo.  Eu não consegui parar de imaginar e pintei um quadro com tão profundas palavras.
             Para o ser humano, o fato de estar vivo é o suficiente? E aquele papo de realização profissional, sentimental, pessoal e coisa e tal?  Por que alguns correm tanto? Por que outros por não poderem correr, são tão infelizes? E esse outro lado que o Gilson falou, como é que é? Estar vivo apenas, é motivo para ser feliz? Nossa amiga Thaisa usou uma frase feita, mas que se faz presente em muitas pessoas: “Felicidade é um estado de espírito” ser feliz é um estado de espírito? Devemos cultivar a felicidade dentro de nós? Como fazemos isso? Apenas querendo ser feliz e pronto? E o nosso espírito, não recebe influência do mundo externo?
             Até um dia desses, eu achava que só seria feliz quando eu passasse em um concurso público, mas a paternidade veio e me confundiu ainda mais, porque eu transferi para minhas filhas a razão da minha felicidade, tolo que sou. Minhas filhas terão e já tem os seus próprios  carmas, eu tenho que achar o que me faz feliz. e se sou feliz?. Bem da verdade que quando o meu Flamengo ganha eu me sinto muito mais feliz, isso é certeza! Mas para quem tem um Glaucoma como companheiro, enxergar o mundo é minha maior fonte de felicidade. Com isso eu quero dizer que, sou e busco ser feliz, mas que felicidade é algo uno.
           Ela é diferente dependendo do coração que ela se abriga. Tenho um amigo chamado Marcelo Meireles, supervisor lá na empresa que eu trabalho, no momento, felicidade para ele tem um nome, Pedro, seu primeiro filho, o Marcelo depois do nascimento do Pedro, é outra pessoa, mais leve, mais benevolente. Certamente, se nós perguntássemos para ele se ele é feliz? ele irá dizer sem sobras de duvidas: “Sou, a paternidade fez isso!"  Dentre tantos depoimentos e razões para explicar e justificar a felicidade, eu quero citar aqui uma em especial, que guardei para o final, porque é uma pérola lançada pela nossa amiga Thaisa, ela, após muito conversar e descrever felicidade, disse derradeiramente: “Algumas pessoas ficam felizes apenas com a orelhinha do Mickey, outras querem a Walt Disney inteira” Cultura inútil, mas de uma profundidade assombrosa! Coisas de Tatá! Não sei se você que ler esse texto agora, é feliz, ou se sente neste momento feliz?! Reflita e me responda: - Você é feliz?

4 comentários:

Anônimo disse...

A sabedoria grega diz: "É preciso não ser feliz demais, para não ser feliz de menos."
**
Muitas pessoas são infelizes porque têm medo de buscar a felicidade...e ela é uma conquista diária e somente os que têm coragem de arriscar podem experimentá-la…
André, eu sou feliz, eu estou feliz..graças a deus!
Beijo*
Rita de Cássia

Marí disse...

Concordo plenamente com que Gilson falo ““Está vivo é motivo de felicidade, como nós não sabemos o que tem do outro lado, vamos aproveitar o trajeto”

Um amigo afirmava isso:

É possível afirmar que a vida não tem "sentido" sem entender isso como algo ruim. Viver é imprevisível, não tem um "sentido" pré-definido. Por ser assim, deveríamos agir sem nos preocupar em querer "antecipar" a história (o que vai acontecer) ou ficar tentando "desvendar" o que já passou. Pensar assim ajuda a gente a viver com mais leveza, mais liberdade. É essa "loucura", essa aparente "falta de sentido", que faz a vida ser vibrante, sempre uma surpresa.


E isso meu lema de vida e de Felicidade depois que ele se foi...
Termino com Lenine ..

Eis aqui um vivo, eis-me aqui.

E apesar dessas e outras...
O vivo afirma firme afirmativo
O que mais vale a pena é estar vivo
....

Vivo respiro amo os meus e sigo em frente e minha felicidade vem das conseqüência de meus atos e esta perto de quem amo.. 

moreninha disse...

Sim, sim, sim!!! =) eu sou, eu estou feliz...rsrrs sou feliz por cada segunda de minha vida!! todos nos temos aqueles momentos que ficamos pra baixo, temos problemas , temos DIVIDAS (e como!!) mas isso e sinal que estamos vivendo.. mas sou feliz por ter saude e por ter uma familia que sempre estar comigo pra superar todos esses momentos que eu citei...
""VIVER E NAO TER A VERGONHA DE FELIZ, CANTAR E CANTAR NA BELEZA DE SER UM ETERNO APRENDIZ""" e mais ou menos assim..
Ruth Alves<>

Unknown disse...

Rita, Mari e Ruth,

Viver é sem dúvidas a maior alegria, o que vem depois é acrescimo dado por Deus! Façam valer a passagem de vocês por esse mundo e a maior parte do sentido ser feliz, já terá sido alcançado!
Abraços,
André