Na foto: leitor e cantor, Lino Mourais. |
Sigo
em frente e acredito no pulsar das coisas que eu quero para mim. Andando a
passos curtos, concluir longas jornadas. Sonhei em ser população quando um
alguém me beijou, mas resultei solidão, no ventilar do apego que meu peito
sonhou. Conheci ruas tecidas por grandes promessas de fidelidade, contemplei
paisagens que me fizeram recordar do ser que eu um dia serei. A vida me ensinou a caminhar os passos que eu
caminhei.
Tive
fome e passei frio, no inverno povoei o vazio, no verão sonhei sozinho. Porém
sigo em frente, sigo acreditando no pulsar das coisas que eu quero para mim.
Contabilizei alguns bancos de praça e de graça fui ninado pelo luar. Não
amontoei efêmeros sorrisos e abracei o que eu precisei para não pensar em
deixar de existir.
Trago no olhar toda a minha bagagem, o que
eu vi e vivenciei formaram o que eu carrego na mochila. Caminhei em busca de um
amanhã que eu insisto em não deixar acontecer. O maior medo do ser humano é o
medo que ele tem de viver. Sonhei em ser população quando um alguém me beijou,
mas resultei neste ser errante, que o apego não se apegou.
Um comentário:
Talento, o mundo precisava conhecer teus textos, maravilhosos sempre! Abração, sou teu fã.
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