terça-feira, 3 de setembro de 2013

Um elo não se dissipa no fechar dos olhos daqueles que nos deixaram.

Na foto: leitora, Marcia Sousa e seu sadoso anjo, Raphael.



      Um elo não se acaba quando um alguém querido se vai, uma morada não deixa de ser morada e a luz não se apaga, quando um alguém nunca mais... É difícil se reerguer depois de uma perda, é complicado conviver com a presença constante da ausência, é difícil ou quase impossível, dizer adeus. A nossa história é escrita a cada novo dia que nasce, a cada nova ação e reação, a nossa história é feita de um emaranhado de conspiração astral.
       Um elo não se dissipa no fechar dos olhos daqueles que nos deixaram, nosso circulo de convivência, nossas uniões e desavenças, nossas lágrimas e nossos sorrisos. Tudo isso fora escrito: enredo e sinopse, antes mesmo da nossa existência. Foram elaborados, antes da nossa concepção de ser humano, algo escolhido no colo do nosso livre arbítrio.
               Um amor não se acaba quando um alguém muito querido se vai, a saudade materializa qualquer abstração da nossa lembrança. E a esperança de um reencontro é algo que fora registrado nos pergaminhos divinos, do lado de lá.  Um laço de fidelidade e respeito não deixa de existir quando um alguém se vai, mesmo que a dor e a incompreensão se façam presentes durante um bom tempo na vida de quem fica.

             A perda machuca, maltrata e também nos aproxima de Deus, mesmo que levemos várias existências para aprendermos que toda perda também é um degrau na escada do nosso aprendizado. Mesmo que alguém também leve um bom tempo para aprender a conviver com a dor da nossa partida.  

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