domingo, 24 de fevereiro de 2013

A onda agora é não ter onda.

Na foto: leitor, Ricardo Picanço.



   A onda agora é não ter onda. Sei lá, deixar bater na mente essa onda de não ter onda. Agora é mochila nas costas, horizonte nas retinas e viajar. Vou por ai,  rumo ao não sei aonde ou onde? Vou consumir sola de tênis e conversar com o asfalto. A parada agora é não ter parada. Sei lá, deixar parar na mente essa parada de não ter parada. Vou visitar estrelas e dar um tempo no vale dos meus pensamentos.
 Eu me programei para não programar nada. Agora dia é madrugada e madrugada será dia no meu caminhar. Na minha mochila apenas o necessário: livre arbítrio, minha verdade e uma imensa vontade de voar. Vou por ai, vou entender o meu viver, vou fotografar novo amanhecer e conversar com a natureza. A onda agora é não ter onda. Sei lá, deixar para voltar quando essa onda de não ter onda, passar.

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