Um papel carente de sentido, um vestido solitário na vitrine, uma luva esquecida pela mão, violão de uma corda só. Jogador pendurando as chuteiras, criança recusando brincadeiras. Meu pé esquerdo a me guiar. Onde eu vou parar? Óculos de sol em dia de inverno, um terno vestindo um alguém qualquer. A vida não tem sentido, simplesmente ela é! É assim a rotina do lado esquerdo do meu peito!
Um aeroporto só de vôos de partida, um saguão só com choro de despedidas! Sou um papel carente de versos e anotações, sou um vestido carente de datas especiais e de grandes comemorações, sou o lado esquerdo do meu peito, num mar de ilusões. Sou um museu onde exponho o futuro incerto. Sou gesto carente, sou quente, sem nunca ter sido aquecida! Coisas da vida! Da minha vida!
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