Na foto: amiga e leitora, Cicilia Amaral. |
Sou
pouco na essência do saber, sei pouco na vontade de querer, eu sei um pouco de
tudo e, o tudo diverge pouco do meu não saber. Eu sei do véu que encobre o céu
da noite, eu sei da chuva de açoite e do medo de chover. Sei que pouco eu sei
do muito que quero saber. Eu sei que apenas tenho a certeza de que não nasci
para tão logo deixar de viver. Do morrer? Apenas sei que esse verbo eu passei a
conjugá-lo no ato do meu nascer.
Eu
sei que perguntas eu cultivo e sempre as cultivarei, nos vastos hectares da
minha inquietação. Eu sei não, se o meu Saber saberá de tudo para acalmar a
minha infinita interrogação. Eu sei do mar e das suas chegadas e partidas, eu
sei da vida a parte bonita do aprender. Sei apenas que carrego no peito um
vasto deserto que vive a crescer. Porque querer saber, é vasta necessidade de
preencher esse vazio do nosso ser.
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