quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Na hora do adeus, quem poderia dar o braço a torcer?

Na foto: minha super amiga e leitora, Verônica Farias.

                            

           Na hora do adeus entre duas pessoas, quem tem razão? Quem sofre mais? Quem fica ou quem vai? Na hora do adeus, qual caminho projetar para o amanhã? Na hora do adeus, o silêncio é realmente nosso melhor divã? Na hora do adeus, eu apenas chorei. Apenas olhei e deixei uma vida inteira para trás. Na hora do adeus, eu não ouvi nada, não disse nada, apenas, parei.
           Na hora do adeus, quem poderia dar o braço a torcer? Quem poderia evitar dizer: foi você?! Na hora do adeus, quem não começou a morrer? Na hora do adeus, eu me transformei em deserto, eu me distanciei de tudo que estava perto, eu deixei o vazio tomar conta de mim. Na hora do adeus, eu parei de frente para os nossos erros e apenas chorei. Na hora do adeus, eu nada pensei e tudo imaginei.
         Na hora do adeus, a lembrança do tato tornou-se abstrata e seguiu o leito das nossas lágrimas. Na hora do adeus, nossos lábios choraram por lembrar o nosso primeiro beijo. Na hora do adeus, a intolerância tornou-se mãe carinhosa e nos acolheu nos seu colo. Na hora do adeus, nada fizemos para evitar a separação. E, é por isso,que, de longe você chora e aqui, eu também choro. Porque na hora do adeus, ninguém deu o braço a torcer.

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