sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Um pôr-do-sol me falou.

Na foto: amiga e leitora, Morena Lima dos Anjos.

                                                          

      Um pôr-do-sol me falou que era lindo quando ele percebia a minha inquieta fragilidade.  Um pôr-do-sol me falou que tinha certeza das minhas incertezas de ser mulher. Ele me disse que hora eu estava sorrindo, hora estava chorando. Disse-me que ora eu queria correr e que em outras horas eu esquecia o mundo e seguia tranquilamente caminhando. “Indeciso ofício humano de um ser chamado, mulher”, palavras dele.
      Esse mesmo pôr-do-sol, também me falou: que o meu encanto estava nesta decidida indecisão: mesmo sendo forte, mostrava-me frágil. E quando eu estava frágil, tornava-me mais forte ainda. Um pôr-do-sol me falou que presenciou os meus maiores conflitos internos. 
    Acompanhou minhas grandes crises existências e, viu ressurgir de dentro de mim, uma mulher mais firme e equilibrada. Ele assistiu a tudo de camarote, porque segundo ele, ele detestava arquibancada.
    Um pôr-do-sol me ensinou que era preciso olhar para dentro e admirar meus muitos finais de tardes. Ele me ensinou que era preciso entender a beleza e a magia de ser mulher. Um pôr-do-sol me ensinou que o amor está na mulher.    

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