Na foto: amiga e leitora, Morena Lima dos Anjos. |
Um
pôr-do-sol me falou que era lindo quando ele percebia a minha inquieta fragilidade.
Um pôr-do-sol me falou que tinha certeza
das minhas incertezas de ser mulher. Ele me disse que hora eu estava sorrindo,
hora estava chorando. Disse-me que ora eu queria correr e que em outras horas
eu esquecia o mundo e seguia tranquilamente caminhando. “Indeciso ofício humano
de um ser chamado, mulher”, palavras dele.
Esse mesmo pôr-do-sol, também me falou: que o
meu encanto estava nesta decidida indecisão: mesmo sendo forte, mostrava-me
frágil. E quando eu estava frágil, tornava-me mais forte ainda. Um pôr-do-sol
me falou que presenciou os meus maiores conflitos internos.
Acompanhou minhas grandes
crises existências e, viu ressurgir de dentro de mim, uma mulher mais firme e
equilibrada. Ele assistiu a tudo de camarote, porque segundo ele, ele detestava
arquibancada.
Um pôr-do-sol me ensinou que era preciso
olhar para dentro e admirar meus muitos finais de tardes. Ele me ensinou que
era preciso entender a beleza e a magia de ser mulher. Um pôr-do-sol me ensinou
que o amor está na mulher.
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