Na foto: leitora, Fabíola Senna |
Um cheirinho bom de saudade parabólica plainou
por sobre os telhados e foi desembocar na xícara de café quentinho, que está a
me esperar, lá na cozinha. Um pão com manteiga nostálgico alimentará ainda mais,
minhas recordações. Saudade gostosa de sentir. Ah! Essas manhãs do mês de maio,
a sensibilidade fica a flor da pele. Os raios de sol iluminando a varanda e vindo
acariciar meu rosto, aqui no sofá. Uma lembrança inquieta de quando eu era
criança. Ah! Essas manhãs do mês de maio, a sensibilidade fica a flor da
pele.
Eu agora respiro um tempo que
foi bom de viver. Saudade, coisa interessante é você. Agente pára no tempo,
adormece o movimento, agente viaja em algo bom que passou. Saudade, coisa
interessante é você. Uma canção que nos visita como quem não quer nada e, nos transporta
para outro lugar, para um lugar de um afago guardado a sete chaves. Faz-nos
lembrar de um olhar que de quando em quando, agente se pega lembrando. Ah! Saudade
coisa que nos dá.
Agente caminha sem caminhar,
agente voa sem voar, agente se sente gente, por ter no peito algo a lembrar. Saudade,
coisa boa que nos dá.
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