Na foto: leitoa, Jéssica Sá. |
Coube naquele abraço, um mar de não vá
embora, uma dúzia de, justo agora? Coube um desespero de solidão, um asteroide
em forma de exclamação. Couberam as ruas e quadras do nosso convívio, a solidão
daquela bailarina de porcelana. Coube o mosaico dos meus perdões.
Coube naquele abraço, a lembrança do dia
do dia mais feliz que a felicidade nos deu. Coube o medo de nunca mais as
nossas sessões de comédias românticas acompanhadas de pipoca, refrigerante e
sorvete napolitano. Coube naquele abraço, a recusa em se quer cogitar, a ideia
de um nunca mais nós dois, coube o medo de não vivermos o depois.
Só não couberam naquele abraço, os
milhões de motivos que eu, inutilmente lhe relatei e, o meu olhar de fica
comigo. Só não coube naquele abraço, um antídoto para extirpar o silêncio que
abriu esse abismo entre nós. Só não coube naquele abraço, uma forma de conter a
força desenfreada do fim, força que afastou você de mim.
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