Na foto: leitora, Adriana Araújo. |
Do que eu sou, guardo pouco do que eu
serei, porque o que eu fui, ainda reina em mim. Da minha estrada, passos
esperançosos, faixas companheiras de viagem e placas indicando a direção. De
cada parada tirei uma lição, entendendo que viver nunca será em vão.
Das lágrimas que vi
virarem nuvens, algumas choravam rindo, outras sorriam chorando. As lágrimas de
quem partia se confundiam coma as lágrimas de quem estava chegando.
Dos lugares, olhares sortidos. Dos falares,
relatos confessados sobre mitos. Um tear de coisas do que eu fiz e quis para o
meu viver. Um bom bocado de pensar nessa lida tatuada ao nascer. Vida!
Agradeço-lhe a vida que eu estou por viver. Do que guardou minhas retinas, do
que abracei como certo, do habitar o deserto que era esse meu coração. Agradeço
as maravilhas que a minha visão presenciou. Porque do que eu sou, guardo pouco
do que eu serei, porque o que eu fui, ainda reina em mim.
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