Na foto: Eu, André Mantena. |
Foi um tombo federal, ajoelhei e quase não
dei conta nem de orar para os meus santos protetores me levantarem. Penei, mas levantei,
resolvi ralar peito e mesmo perdendo o direito de ter direito, eu jurei que
iria me recuperar. Eu que sempre levei a minha vida na moral, fui da mole para
o meu próprio coração. Justo eu? Malandro de responsa, corpo fechado que dança miudinho
e bebe leite de onça. Justo eu? Cara bom de bola que nunca deu uma bola errada.
Justo,eu? Malandro que nunca mandou bola nas costa de ninguém, Nem dos inimigos que eu nunca tive.
Foi
um tombo federal, quando percebi, já havia jurado renunciar à minha rotina e me
afastado dos meus amigos. A parada foi violenta. Justo, eu? Malandro que
prezava a liberdade, dei mole para um lindo par de olhos que ofuscou meu livre
arbítrio e algemou o meu querer. Naquele momento, desafinei meu cavaquinho,
deixei de lado o miudinho, sai do tom e solei a vontade de tê-la nos meus
braços. Justo, eu? Cai nesse embaraço, perdi o compasso e o molejo na mira
daquela morena.
Foi um
tombo federal, versei no partido alto e mandei um som de asfalto, mas ela nem
se abalou. Apesar de me jogar charme à toa, não quis ser minha patroa e não me
deu moral. Justo, eu? Malandro que sempre soube tratar uma mulher e cantar ao
pé de ouvido. Tomei um tombo federal da morena sensual que não quis ficar
comigo.
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