Na foto: minha amiga e leitora, Elisangela de Castro. |
Eu posso voar, eu
posso andar por sobre as águas, eu posso imitar o vento e dar novos ritmos ao
movimento, eu posso ser o meu próprio momento. Eu posso ser palavra concreta,
posso ser a escolha certa nas linhas tortas do meu próprio palavrear. Eu posso
versar sobre o aqui e o agora, posso deixar o lado de lá nunca ir embora, posso
frustrar a dor da partida com a minha decisão de ficar.
Eu posso ser monte, posso ser ponte,
posso tecer minha vida com a linha do horizonte. Eu posso voar. Eu posso ser
água, posso ser o tudo que preenche o nada, posso ser a pergunta que nunca vai
se calar. Eu posso ser ou não ser e, mesmo assim não ser o x da questão. Eu posso
ser o que o espelho ver do lado de cá da minha visão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário