Na foto: leitor, Junior Brazuca. |
De repente um museu de flashes
do que eu não vivi. De repente imagens de um filme que eu não assisti. De
repente a minha vida passava por mim. Como um mosaico de imagens vãs, como um
dia que surge sem o nascer da manhã, a minha vida passava, por mim. De repente
um querer que perdeu o sentido de sonhar, feito pena leve que flutua sem saber
aonde vai parar. A minha vida passava por mim.
De repente um quadro pintado com
motivos abstratos, de repente um ser desistindo de si mesmo. A minha vida
repaginava uma epopéia do meu eu, que nem mesmo o meu próprio eu havia vivido.
Ali, isso acontecia comigo! De repente um juízo final de todas as minhas ações
que eu não tive coragem de tomar, por medo de fracassar! Ali, diante de mim, um
juiz implacável! Meu próprio arrependimento!
De repente um amontoado
de promessas que nunca se desapegaram do papel. De repente, ali, diante de mim,
uma oportunidade de romper com o marasmo da derrota e com a zona de conforto
que é viver apenas fazendo planos que nunca se realizarão. Ali, diante de mim,
a chance de recomeçar do zero, a chance de expurgar o fantasma da eterna culpa
alheia. E, de alma renovada, iniciar uma jornada vitoriosa.
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