sábado, 28 de julho de 2012

Eu, leigo aprendiz de sonhador.


Na foto: leitor, Júnior Brazuca.




            Eu, leigo aprendiz de sonhador, perambulo pela alta noite quando todos dormem, mastigo estrelas e escuto o vento. Nesse perambular, meu pensamento tornou-se fiel mosqueteiro dos sonhos que eu sonho acordado. O silêncio da madrugada promove uma convenção democrática dos planos para uma vida melhor. O silêncio parece ter dó desses pobres planos que talvez nunca cheguem a alcançar os céus.
            Eu, leigo aprendiz de sonhador, olho para os telhados das casas e para as sacadas dos prédios e, percebo a modernidade mergulhar naquele inquieto mar de antenas parabólicas. É curioso, mas parece que a própria modernidade corre imenso risco de se afogar nesse mar. na madrugada, muito coisa é revelada. A rua caminha silenciosa a refletir sobre tudo que aconteceu no dia que passou. A esquina se desvela indefesa e me olha como se fosse chorar.
          Um casal de gatos revela que o asfalto é muro indeciso para quem não sabe para onde caminhar. Enquanto isso, eu, leigo aprendiz de sonhador, perambulo pelos meus sonhos, tentando refazer a minha realidade.    

Nenhum comentário: