Na foto: leitor, Júnior Brazuca. |
Eu, leigo aprendiz de sonhador, perambulo
pela alta noite quando todos dormem, mastigo estrelas e escuto o vento. Nesse
perambular, meu pensamento tornou-se fiel mosqueteiro dos sonhos que eu sonho
acordado. O silêncio da madrugada promove uma convenção democrática dos planos
para uma vida melhor. O silêncio parece ter dó desses pobres planos que talvez
nunca cheguem a alcançar os céus.
Eu, leigo aprendiz de sonhador, olho para os telhados das casas e para
as sacadas dos prédios e, percebo a modernidade mergulhar naquele inquieto mar
de antenas parabólicas. É curioso, mas parece que a própria modernidade corre
imenso risco de se afogar nesse mar. na madrugada, muito coisa é revelada. A
rua caminha silenciosa a refletir sobre tudo que aconteceu no dia que passou. A
esquina se desvela indefesa e me olha como se fosse chorar.
Um
casal de gatos revela que o asfalto é muro indeciso para quem não sabe para
onde caminhar. Enquanto isso, eu, leigo aprendiz de sonhador, perambulo pelos
meus sonhos, tentando refazer a minha realidade.
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