quinta-feira, 5 de julho de 2012

Cinzas de um cigarro que nunca viveu.


Na foto: amiga e leitora, Geane F. Vieira.

                               

Lá de longe eu via
A massa trigo proporcionando alegria
Via braços esculpindo o amanhã
Via a lembrança do pecado
Se eterniza numa doce maçã
De lá ecoavam razões inúmeras
Para o futuro não chegar
De lá surgiam noticias
De um vago pensar
Lá de longe eu via
Sorrisos embrulhados para presente
E o presente estava ausente
Daquele lindo gesto de presentear
De lá, cinzas de um cigarro
Que nunca viveu
Cigarro que ninguém
 Nunca acendeu
Lá de longe eu via
A minha imagem refletida
 Numa opaca vitrine
Chamada, saudade
Que insiste em não me deixar.

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