Na foto: amigo e leitor, Manassés Gomes. |
Essa noite eu sonhei que eu
caminhava por entre os entulhos de tudo aquilo que não era real, caminhei por
tudo aquilo que fazia parte do lado ruim do ser humano. No meu sonho, eu usava
trapos e farrapos elaborados no mais triste esquecimento de alguma nova
tendência da moda atual. Será que aquilo tudo não era mera coincidência?
Ali, bruto diamante forjado na
doce agonia de algumas garrafas pet. Eu queria acordar, mas meu esforço era
todo em vão. Eu
seguia por ruas cujas calçadas eram todas construídas e trabalhadas com
rústicos tijolinhos dos mais diversos tipos de preconceitos, eu caminhei pelas
ruas do medo e da intolerância, neste sonho, eu chorei feito uma criança.
Era um sonho tão estranho que
fui convidado a sentar a mesa e participar de um banquete originário das sobras
de tudo que não servia para se comer. Acho que as únicas coisas reais naquela
mesa eram a fome e a minha vontade de comer. Fiz de tudo para acordar e fugir
daquele sonho assustador, mas antes de acordar, ouvi uma voz que dizia:
“Isso é um sonho, o sonho que
revela o lado obscuro do ser humano. Você caminhou pela cidade dos seus
sentimentos mais indesejáveis, ela é o destino de quem faz pouco do seu
próximo”.
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