Na foto: amiga e leitora, Luana Lima. |
Sem rumo é como eu me sinto: à beira de
um abismo sem ter como retornar. Sem rumo é como eu me sinto: a flor da pele e
não há nada que revele um novo caminhar.
Eu ando sem sair do lugar, eu habito um lugar que eu não estou. Eu sigo
e não vou! Sou um trem que saiu dos trilhos, um trem sem estação: chegada e
partida, já não fazem sentido, não.
Sem rumo é como eu me sinto: à beira mar,
vento me mostrando impossibilidade, olhar perdido pelas ruas da cidade,
indiferença no olhar do meu próximo. Sem rumo é como eu me sinto: no meio de
uma encruzilhada, alma atrapalhada, sem saber aonde chegar. Barco tocado pela
sorte, bússola confusa, sem saber onde é o Sul, onde é o Norte!
Sem rumo é como eu me sinto: sentado à
beira de um caminho, sem saber aonde ele vai dar.
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