Na foto: Eu, André Mantena. |
Eu escrevo meus textos, como quem
caminha pelas areias das mais belas e companheiras praias de algum apego. Eu
escrevo porque eu tenho medo, medo de encarar e pensar nos meus medos. Eu
escrevo meus textos, como a natureza escreve tudo o que é belo. Escrevo porque
o ouro precisa do tom amarelo. Escrevo porque nem tudo o que eu escrevo eu
digo. E nem tudo o que escrevo é o que eu penso. Escrevo também o não dito,
porém pensado pelos os outros.
Eu escrevo meus textos, como quem
tem a necessidade de viver outras vidas. Escrevo como se eu tivesse vivido ou
vivesse essas outras vidas. Eu escrevo meus textos, como se eu precisasse deles
para respirar. Eu escrevo meus textos, como quem precisa diariamente enfrentar
o espelho. Escrevo porque meus textos são os meus maiores conselheiros. Eu
escrevo porque o ato de escrever é parte de um todo do meu viver.
Eu escrevo meus textos, como quem
perdeu um alguém e nunca mais se recuperou. Eu escrevo meus textos, também
feito alguém que, precisou partir e deixou chorando um grande amor. Eu escrevo
meus textos, porque eu me confundo com a minha própria dor. Eu escrevo os meus
textos, como quem mesmo tendo medo dos seus medos, precisa encarar os fantasmas
de seu dia-a-dia. Eu escrevo meus textos, porque eles se confundem com a minha
existência.
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