Na foto: leitora, Silmara Carvalho. |
Eu me perdi no vale dos sem
explicações e, me vi repleta da falta do que dizer. Acho que foi assim, que eu
perdi você. Eu perdi o discurso e o curso natural que me levava até você. Eu me
vi repleta da falta do que dizer. Eu não achei minhas verdades e a vontade de
me explicar tropeçou em tudo aquilo que eu não disse. Ali, o meu entender
entrou em crise.
Eu, que sempre repudiei essas
frases feitas e emolduradas em parachoques de caminhão, entrei na contramão da
falta de argumento. Justo naquele momento?
E assim, eu me perdi no vale dos sem explicações. Eu me perdi na
indecisão das palavras diante do papel em branco. Você era o
meu papel em branco.
Eu me perdi e, nem mesmo o meu
olhar conseguia explicar o que o meu coração tinha para dizer. E foi ali,
assim, que eu perdi você. Eu não encontrei palavras, eu não encontrei
argumentos, eu não consegui organizar nem meus pensamentos, eu nunca mais
encontrei você. Ali, na falta do que dizer, eu perdi a oportunidade de falar o
quanto eu amava você!
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