terça-feira, 6 de setembro de 2011

A solidão é o maior fantasma.

                                 

                Normalmente quando escrevo, gosto de fazê-lo sozinho. Um costume que adquiri por conseguir conversar com meu velho baú de minhas inquietações. Por consegui refletir sobre o que escrevo. Debater comigo mesmo as várias possibilidades do meu escrito. Estar sozinho é algo singular e ao mesmo tempo tão plural com minhas idéias. Hoje, terça-feira, 06 de setembro de 2011, eu convido vocês para um bate papo, sobre a “Solidão”. Quando digo que no momento em que estou escrevendo, gosto de escrever sozinho! Afirmo uma condição, não de isolamento absoluto, mas sim de um ritual onde consigo me encontrar comigo mesmo.
                 Mas o que dizer da Solidão que nos apavora enquanto seres sociais? A solidão de não ter ninguém ao lado? A solidão de chegar a casa e não ter ninguém te esperando? A solidão de estar rodeado de pessoas e mesmo assim se sentir sozinha? A solidão que nos causa o medo de ficarmos sozinhos? Quantas vezes procuramos motivos para estarmos ao lado de alguém? A solidão é o maior fantasma que apavora o ser humano.
               A alma humana se prepara para tudo e para todo o tipo de situação e emoção, mas quando se trata de solidão, não há alma que se mantenha firme e inabalável. Estar só é prisão sem muros. Algo penoso para qualquer pessoa, estar rodeado de amigos e de parentes, nos fortalece, nos impulsiona a seguir em frente! Mesmo quando o nosso coração reclama a ausência do ser amado, “a solidão se sente acompanhada!” Ouvi isso na canção “Iolanda” de Chico Buarque, perfeita.   
               Solidão, maior mal da humanidade é também a nossa maior certeza de que necessitamos do outro! Solidão de amor, pesada, cruel, nos remete a condição de nada, passamos a ser nada, se não temos amor, deixamos de existir! Amor de irmão, amigo, pai, mãe e principalmente, amor que mexe com nossa pele, nossos poros, nosso corpo, nossa alma, nossa vida. Amor pra toda a vida! Precisamos de barulho, barulho gostoso, barulho de gente perto da gente. Gente amando agente.

2 comentários:

Anônimo disse...

Muita boa a reflexão André. Quando eu era adolescente, ouvi uma frase, não sei quem escreveu, que dizia: 'A solidão é uma arma que mata, mesmo não tendo ninguém para dispará-la.'
Desde então, nunca esqueci essa bela frase, que nos faz sempre lembrar que somos seres dependentes um do outro, mesmo não parecendo...
Um abraço!! Laís

Unknown disse...

Laís,
Maravilhoso comentário!
Abraços,
André