sábado, 10 de setembro de 2011

Deixado só, até pela solidão!


                     Um rosto exposto ao nada, uma foto parada na calçada, uma folha que se despede de sua origem. Nada de novo nesse meu velho peito angustiado! Os carros passam cantando poluição, minha mão, inquieta a acenar, o grito das crianças no coletivo, mais um motivo para eu chorar. Solidão, minha velha companheira de conversas, hoje teve pressa e não quis me escutar, lá vai ela, lá distante, me disse não e foi passear! Enquanto isso, o solitário rosto a procurar distração, hoje não, hoje não. Fui deixado só, até pela solidão!
                     O dia vai devagarzinho, a tarde tira um cochilinho e a noite vem me fazer carinho! Tudo isso, e eu sozinho! Minha calçada, não me leva a nada, uma lua lá no céu, parada, distrai o vazio que eu sinto agora! É hora de ir embora, lugar nenhum de se morar!  

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