terça-feira, 20 de setembro de 2011

Você tem medo de quê?

                                            
                 Após escrever e postar o texto de ontem, referente ao vazio, uma analogia as incertezas da vida, recebi de imediato um telefonema de minha amiga Ruth, assídua freqüentadora deste blog e que sempre enriquece este espaço com seus comentários e pensamentos bastante produtivos. Ela posta com o ID: Moreninha. Ruth no ato da conversação questionou-me sobre o meu estado de espírito. Se eu estava bem? Se aquele escrito tinha relação com o meu momento sentimental e afetivo?
                  Entendi os questionamentos, e expliquei que o vazio referido no texto, era uma analogia as nossas incertezas, nossa perspectiva de vida e o sentido que nós precisamos dar aos nossos dias. Como sempre, minha mente atenta a tudo e a todos, percebeu uma palavra vagando nas incompreensões daquele discurso. Ruth havia feito a sua própria reflexão sobre o texto, mas deixou escapar nos vãos dos seus sentimentos, a palavra “Medo”.
                 Interessante, porque de um vazio existente no peito, partimos para um sentimento companheiro de horas incertas e conselheiro de ocasiões indesejáveis. O medo é mal necessário aos nossos corações, precisamos dele para nos impor limites e acreditem! Ele também nos serve como mola que nos impulsiona a alçar vôos altíssimos. O que minha amiga quis dizer nas entrelinhas da conversa, é que o medo norteia nossa vontade de ariscar ou tentar algo novo, nossa vontade de tomarmos decisões, de enfrentarmos nova jornada!
               Somos seres movidos a desafios e a objetivos, diariamente fixamos metas e traçamos planos e estratégias para alcançar de forma satisfatória nossos sonhos! Então por que é tão difícil alcançá-los? Temos medo! Sentimento que se não for controlado, Põe por terra toda nossa esperança de vencer! Você tem medo de quê? Eu, no momento tenho medo de morrer e deixar minhas filhas no atual estágio! Novas, e ainda sem encaminhamento na vida. Esse medo me impulsiona todos os dias a conseguir algo melhor.
              O curioso, é que os medos, assim como a vida, mudam com o passar dos tempos, eu, hoje aos trinta e sete anos de idade, tenho medos que no auge dos meus dezoito anos eu não tinha, porém aos dezoito, eu tinha medos que agora com trinta e sete eu já não tenho.  Essa relação medo e pessoa, é muito singular e especifica, conversando com algumas pessoas, eu percebi vários tipos de medo e significados. A minha amiga Maria Cristiane, me disse:- tenho medo de ter um filho, tenho medo do desconhecido e medo de morrer!
              Eu perguntei por qual razão, ela simplesmente me respondeu: - porque eu não sei como é nada disso que eu falei! Desta forma ela assumiu uma postura de viver cada dia intensamente! Já a Patrícia Carvalho me confidenciou que tem medo de muita liberdade, segundo ela, a vida sem regras tornar-se-ia um caos total! Interessante pensamento, e só poderia vir dela, uma figura tão temente a Deus. Mas percebendo e ouvindo todos os tipos de medo, há um consenso em matéria de medo, se é que eu posso usar esse termo, “Consenso” para definir a coletividade do medo? A maioria que foi perguntada sobre o medo respondeu que tem medo de perder as pessoas que amam.
              Todos trabalham, estudam, e de alguma forma vivem aproveitando cada momento junto dos seus queridos, justamente pelo medo de perdê-los! Quero registrar a fala de minha amiga Andressa Cristina que me disse:- Tenho medo de morrer hoje e deixar o filho que eu ainda não tive!  A vontade ser mãe, norteia os seus dias e alimenta um medo de deixar sozinho um filho que ela ainda não teve.

               Outro depoimento que chamou muito a minha atenção foi de certa figura do meu convívio que disse: o meu medo mais medroso é gostar de forma arrebatadora de alguém que não me ame! E por essa razão, inconscientemente, ela não se deixa apaixonar!
               Meu cunhado Ribamar me disse com um ar muito nostálgico: Não tenho medo mais de nada nessa vida, pois o medo que eu tinha materializou-se nas perdas dos seus entes queridos (Pai, mãe e duas filhas) hoje ele diz ter medo dessa falta de medo!
               Bem a verdade é que somos todos seres passiveis de temores e verdadeiros atos heróicos, mas precisamos balançar de forma justa esse pêndulo no nosso coração!

2 comentários:

moreninha disse...

Temos que superar nossos medos para conseguirmos aquilo que tanto almejamos.. nada vem facil e claro tudo tem seus obstaculos.. aquilo que vem facil vai facil pq muitas das vezes não valorizamos e se a vida ja e dificil com regras imagine sem elas... tenho muitos medos em minha vida .. mas tenho conseguido supera-los conforme a necessidade!!
adorei o texto André..
Abraços
Ruth Alves

Unknown disse...

Ruth,
O medo é necesário, precisamos na verdade, controlá-lo! mas devemos seguir em frente, tocar a boiada!
Abraços!
André