quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Como um barco à deriva

                                                         

           Casas em ruas desertas, uma amplidão de sentidos mudos. O mundo que se apresenta diante de minhas retinas, não me diz ao certo o que devo fazer! Um lugar povoado de livres pensamentos opacos, como se um barco à deriva, navegasse dentro de mim. Casas em ruas desertas, portas entreabertas, nenhuma pessoa caminha pela calçada, nenhuma alma agitada, nenhum nada, no nada!
          Percebo adiante, duas desconfiadas esquinas tragando a madrugada e, lá no céu já se ia uma lua embriagada. E em cima dos telhados, antenas de TV parabolizando pecados de apaixonados amantes dentro dos seus quartos. E ao meu redor, um mundo que não me diz ao certo o que eu devo fazer! Um casal de gatos gastando por conta suas sete vidas, um bêbado se guiando pela lembrança de sua casa! Tanto movimento, e o mundo não me diz nada!

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